Holambra. Os primeiros anos difíceis de um pedacinho da Holanda no Brasil
Tendo em vista a publicação do meu novo livro sobre Holambra, publico contribuições em holandês no meu site sobre aspectos que destacam a história desta comunidade holandesa no Brasil. Agora que o texto está quase pronto, estou pesquisando possibilidades de publicação do livro na Holanda e no Brasil. Abaixo segue o texto para a promoção do livro no Brasil.
Em 1948 foi comprada uma fazenda a 140 quilômetros ao norte da cidade de São Paulo para o assentamento de emigrantes holandeses. Não havia quase nada, apenas a velha casa-grande e alguns barracos, as terras tinham que ser desbravadas. Fazenda Ribeirão é hoje uma comunidade afortunada e com elementos holandeses óbvios. Mas nos primeiros anos e antes de prosperar, os pioneiros holandeses tiveram que lutar arduamente pela vida quotidina. Muitos pioneiros partiram para outros destinos no Brasil ou regressaram para a Holanda.
Holambra brotou da mente de Geert Heijmeijer, ex-secretário da Associação Católica de Agricultores na Holanda (KNBTB), que foi ao Brasil à procura de um lugar para lavradores que já não viam futuro como agricultor na Holanda. A sua idéia para o assentamento era uma colônia-modelo, composta de “pessoas formidáveis” que juntas formariam a base para uma “nova comunidade” segundo princípios cristãos. Porém, o idílio de Heijmeijer foi logo perturbado por dificuldades financeiras e tensões internas. Graças a um novo empréstimo da Holanda e sob a mão dura de Charles Hogenboom, ex-colonista holandês com experiência tropical na Indonésia, foi realizada uma reorganização que acabou por salvar Holambra. Entretanto, muitos lavradores se tinham revoltado contra a “ditadura”, deixando Holambra.
Este livro relata os motivos de emigrantes holandeses para partir para o Brasil e o que eles vivenciaram nos primeiros anos. Apesar de Holambra ser fundada por iniciativa particular, o governo holandês ficou logo envolvido com esta comunidade holandesa no Brasil. Este envolvimento tocava diretamente a vida quotidiana dos residentes da comunidade. Além da fase inicial difícil da colônia, inclusive os vários conflitos internos, a obra incide sobre os assentamentos provenientes destas dificuldades em outras partes do Brasil. O livro termina com a fundação de Holambra II em 1961, quando Holambra finalmente conseguiu ultrapassar a fase pioneira.
Mari Smits, Holambra. Os primeiros anos difíceis de um pedacinho da Holanda no Brasil.
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